Mouros e invasões napoleónicas. Touradas e aeroplanos. Capítulos da história das gentes que pousaram numa terra de passagem.
Porta de entrada de Leiria, a freguesia de Pousos e passagem obrigatória para muitas das pessoas que querem entrar na cidade. Sempre assim foi! Nobres, cavaleiros e gentes do povo ali passavam e descansavam.
Situados num planalto a uma altura de 200 metros em relação ao nível do rio Lis, os Pousos encontram-se a cerca de dois quilómetros da sede de concelho e são banhados pela ribeira de Sirol. A sua situação geográfica transformou a localidade num local de passagem determinando a sua toponímia.
Por ali passaram e repousaram a nobreza portuguesa ou os cavaleiros que transportavam o correio de Lisboa ao Porto em direcção à Mala Posta. A história da freguesia perde-se no meandro dos tempos, mas existem sinais que persistem e indiciam a sua origem remota. Nomes como Buraca da Moura e Preza da Moura, por exemplo, sugerem a presença de mouros nesta localidade. A «Buraca da Moura» encontra-se na margem da ribeira do Sirol, reza a lenda que uma moura fugida de um rei cristão ali se terá refugiado.
Foi no século XVIII, em 12 de Janeiro de 1714, que esta freguesia foi criada após autorização por despacho do então Bispo de Leiria, D. Álvaro de Abranches e Noronha, que na altura empreendeu a reorganização da divisão paroquial de Leiria. Para criar a nova freguesia, o Bispo extinguiu a freguesia de São Pedro (Leiria) que anteriomente já tinha sido dividida nas freguesias da Azoia, da Barosa e dos Parceiros.
In Suplemento Pousos, Noticias de Leiria, de 28 de Março de 2003
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