Leiria, cidade fascinante, lugar de tesouros e sonhos históricos, numa paisagem docemente sulcada pelo rio Lis que, desde o imponente morro do seu Castelo, sempre encantou Reis e Rainhas, inspirou poetas e agora deslumbra os visitantes. Foi no morro do Castelo que a cidade nasceu e viu a Collipo dos romanos, fundada no séc. I a.C. perto de Andreus, na colina de S. Sebastião (a 6 kms do Castelo).
Com a afirmação da Fé Cristã e expansão do reino, o primeiro rei português - D. Afonso Henriques, toma o Castelo de Leiria aos mouros em 1135, logo reconstruido em 1192 por D. Sancho I. Data de 1195 o último ataque aos muçulmanos, mas o burgo continuará a viver dentro das muralhas do Castelo até ao século XIII, à excepção da Igreja de S. Pedro, templo românico, fundado junto às Portas do Castelo. Em 1254 D. Afonso III reune as Cortes em Leiria, mas é no reinado seguinte, no de D. Dinis, que o Castelo é consagrado como residência real e o burgo se expande para fora do Castelo, desde logo cercado pelas muralhas da antiga vila devido ao perigo das guerras com Castela. Da decisiva Batalha de Aljubarrota, em 1385, advém a Dinastia de Avís, a paz com Castela e a expansão portuguesa no Norte de África. Enquanto isto a cidade crescia pelo sopé do morro até à beira do rio Lis, por praças e ruas quatrocentistas, empurrada pela fama das suas feiras medievais e pelo dinamismo secular das suas gentes que no século XV aqui construiram a primeira fábrica de papel do reino.Dando um passo para o século seguinte, nasce a primeira Igreja da Misericórdia, nasce a Sé Catedral, nasce o antigo Paço dos Marqueses de Vila Real na bela Praça Rodrigues Lobo que foi e é o centro da cidade antiga. É ainda nesta Praça que a História se desenha nas arcadas do antigo Hospital da Igreja de S. Martinho e se descreve na poesia romântica do poeta Francisco Rodrigues Lobo que nas suas redondilhas setecentistas nos encaminha para a altivez barroca da Igreja do Convento de Santo Agostinho e para o panorâmico Santuário de N.ª Sr.ª da Encarnação de onde se pode rever esta inesquecível cidade e, mais ao longe, avistar as virtudes curativas das famosas Termas de Monte Real, sem deixar de rumar ao mar pelos de Monte Real, sem deixar derumar ao mar pelos antigo pinhal de Portugal o de Leiria, cujo passado é a epopeia das caravelas portuguesas. Hoje, tal como naqueles tempos, o Pinhal continua imenso e puro, a abraçar a belíssima Lagoa da Ervedeira e a guardar as dunas dos areais dourados de muitas praias sussurrantes de sossego ou apenas coloridas, como na típica Praia de Pedrogão, por redes e barcos de pescadores virados para um oceano, de delícias, íodo, desporto e prazer.
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