Situada no bairro que lhe deu nome, com uma certa encostada à
margem esquerda do Rio Liz, igreja de uma só nave e com muitos
anexos. Aqui lembramos uma figura que viveu no século XVIII,
o Bispo D. Frei António de São José, que
ali estaria estado preso às ordens do Marquês de Pombal,
na altuara ministro do reino, por ser afecto aos jesuítas.
Quando da implantação da República em 1910 a Igreja
foi profanada, passando mais tarde a aquartelamento do Regimento
de Infantaria nº. 7. Nos nossos dias foi restaurada e aberta
ao culto e assim recebe os fieis, na sua maioria residentes naquele
histórico e secular bairro.
Nos anos de 1950 - 60 a Igreja foi alvo de obras de vulto, sendo
colocada uma cruz em ferro forjado em cada uma das torres, sendo
lhes adaprtado um sistema de iluminação, que se perdeu
com o vai-e-vem dos tempos... (que pena!, pois assim
foi embora mais um encanto da nossa vista!).
O Bairro de Santo Agostinho tem muita história. Ali existiu a
primeira fábrica de papel em Portugal, exactamente onde funcionou
por muitos anos o Mlooinho dos Cazeiros encostado ao saudoso Rio Lis
e que é hoje propriedade da Câmara Municipal de Leiria:
Segundo consta, ali vão-se realizar obras de vulto. Também
o edificio conhecido por "ferro de engomar", situado no enfiamento
da Rua Serpa Pinto, foi restaurado não perdendo a sua beleza
arquitetónica. Aqui lembramos também a primeira Praça
de Touros, por esse tempo considerada uma das melhores de Portugal e
situada exactamente no local onde existe o Lar da Misericórdia,
vulgo Senhora da Encarnação. O Bairro de Santo Agostinho
tem muito mais coisas para nos contar, vamos dar ao tempo...
Por Basílio Artur Pereira