Porto de Mós

O nome e a história de Porto de Mós (Portus de Molis), nasceu à mais de 2.000 anos ao tempo em que o rio Lena era navegável e as jangadas romanas aqui embarcavam as pedras de mós, talhadas na Pedreira do Figueiredo e, mais tarde, o ferro das minas romanas de Alqueidão da Serra.

Mas os segredos do passado de Porto de Mós remontam ao tempo em que o mar cobria estas terras e se iniciaram os enrugamentos terrestres do Jurássico. As ossadas de Dinossauros e a tartaruga petrificada são alguns dos tesouros que este concelho guarda à mais de 150 milhões de anos e que agora expõe no seu notável Museu Municipal, onde se descreve toda a pré-história desta região, nos machados e nas pontas de pedra lascada do Paleolítico, nas pedras polidas do Neolítico, nas cerâmicas e objectos de cobre do Calcolítico, ou nos pesos de tear, nas pedras de espremer o mel, nas moedas e nas lanças de ferro do Império Romano.

Subindo na História, pela bela calçada romana de Alqueidão da Serra e percorrendo as encostas de calcário, de moinhos e de aldeias de pedra das Serras dos Candeeiros, de Santo António e de Aire, separadas por bucólicas depressões e magestosos anfiteatros naturais, descobre-se, desde o Alto dos Moinhos Velhos, o panorama frutícola do Vale do Lena e da vila de Porto de Mós abraçada ao morro dolomítico do seu castelo, conquistado aos muçulmanos em 1148 por D. Afonso Henriques e que teve no lendório D. Fuas Roupinho o seu primeiro alcaide. A planta quadrangular do castelo define quatro torreões aos quais D. Afonso - Conde de Ourém deu em 1450 as feições palacianas que o tornaram um dos mais belos castelos de Portugal.

Na fachada principal do castelo distingue-se o arco da entrada, encimado por uma "loggia" com quatro arcos contracurvados, apoiados em capitéis e colunas com lavrados manuelinos, a anteceder diversas salas com nervuras góticas.

No Rossio da Vila, eleva-se a Igreja de S. Pedro, em estilo barroco, outrora integrada no Convento dos Agostinhos Descalços que aqui permaneceram entre 1676 a 1834. A Igreja de S. João Baptista, mostra desde a sua fundação, no século XIII, um belo portal românico e recolhe a memória dos Monges de Cister, a quem a vila foi doada por D. Sancho II em 1230, influenciando por muitos séculos a vida e os hábitos desta região que mais tarde foi entregue, por D. João I, a D. Nuno Álvares Pereira e á Casa de Bragança, após a decisiva Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385, e que hoje pode ser revista nas armadilhas medievais (Covas do Lobo) junto à Capela de S. Jorge, que nos assinala o local da batalha, e no espólio Castelhano e Português exposto no Museu Militar de Aljubarrota.



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