A Praia de Pedrogão

O azul prateado do Atlantico. Um mar de iodo, de espuma fresca a saber a sal e a percorrer um magnífico areal dourado de sol.

O casario de todas as ruas que desaguam na Avenida Marginal é baixo e a sua claridade reflete velhas tradições de pescadores.

A Praia, junto à Avenida Marginal, tem o colorido dos chapéus de sol, tem os corpos bronzeados e tem as filas de toldos que se estendem até perto das redes dos pescadores e dos seus típicos barcos de proa afilada e cores vivas, à espera do ritual da arte xávega que se repete, desde há séculos, em dias de mar calmo.

E a faina começa, hoje em dia, nos dias de Verão quando a maré está baixa, com o barco a chegar à beira do mar empurrado pela força dos homens e a avançar pelas ondas à força de remos longos.

Quem fica em terra dá o último impulso e segura as cordas das redes que serão cuidadosa- mente lançadas ao mar enquanto o barco se afasta. Quando o barco regressa à praia todos ajudam a alar a rede, enquanto os homens mais fortes puxam o barco para terra firme. Depois, com o peixe já a brilhar no areal, faz-se a lota e partilha-se a sorte da faina entre gestos de alegria.

Com outros gestos de alegria e emoção deslizam pelas ondas corpos, pranchas e velas cheias de brisa do mar, entre gotas de água e raios de sol, ao longo da imensa tranquilidade e beleza desta praia.

E o sabor do mar continua à mesa, quase ao natural na sardinha assada, nos peixes grelhados e nos mariscos, ou muito bem apaladado nas caldeiradas.

E a praia ainda continua ao longo deste imenso litoral, para Norte pela desértica Praia do Fausto e para Sul até à Praia da Foz do Rio Lis, sempre a perder de vista entre o silêncio, as dunas e os pinhais, para novas férias naturais à beira-mar.

Concelho de Leiria

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