Igreja de Santo Estevão

Situada bo bairro que lhe deu o nome, foi uma das primeiras que se construiram na vila quando se começou a fazer habitação fora da cerca muralhada. No tempo do Bispo D. Pedro de Castilho tinha um altar-mor, um retábulo de três panéis e no meio a imagem de Nossa Senhora da Graça com dois anjos. No da esquerda São Vicente, no da direita Santo Estevão. Entre os séculos XV e XVI, quando da reconstrução da Igreja de Santo Estevão, já existia a Albergaria ou Hospital de São Brás e de Santo Estevão, que tinha três camas e obrigação de duas missas por cada pessoa que ali falecesse. No século XVIII já a igreja tinha a sua antiga evocação de Santo Estevão mas a confraria era chamada Nossa Senhora da Apresentação.
Ali fundou o Bispo D. Manuel de Aguiar um seminário para educação de meninas, cujas aulas abrira em 1802-1810.
Quando da invasão dos franceses incendiaram a Igreja e os seus anexos. As recolhidas instalaram-se no então Palácio de Valadares. A reparação da Igreja demorou alguns anos e as obras foram pagas uma parte pelo estado e a outra parte pelo fundo do Recolhimento em 1817 e a Igreja foi entregue às irmãs Hospitaleiras.
Em 1910 o seu recolhimento passou a posse do Estado que ali iria instalar as escolas primárias feminina e masculina.
Nos nossos dias a Igreja e os seus anexos estão ocupados pelo quartel da Guarda Nacional Republicana e também por uma secção da Escola Superior de Educação. No Bairro de Santo Estevão teve assento artesanato e fabricação de loiças de barro, tais como panelas, tachos, bilhas e outros utensílios. Anos corridos esse artesanato passou a ter lugar no Arrabalde d'Aquém da Ponte. Bem me lembro de alguns artesões que trabalhavam no barro. A família dos Pedros, artistas, pais e filhos muito habilidosos. Esses utensilios foram hoje em grande oparte substituuidos por esmalte, plástico e outros materiais.

Basílio Artur Pereira

Igrejas de Leiria

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